sábado, 19 de maio de 2007

Sentir? Sinta Quem Lê!

Sentir? Sinta quem lê! O último verso da poesia de Fernando Pessoa (uma das minhas preferidas) nos deixa uma pergunta e em seguida uma afirmação. Diante desta, surgem os seguintes questionamentos: será que temos refletido suficientemente sobre as muitas indagações que se lançam no ar sobre a questão da leitura? Que análises temos feito das contribuições para o aluno?
Temos ciência que ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente por ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro. Não basta identificar as palavras, mas fazê-las ter sentido, compreender, interpretar, relacionar e reter o que for mais relevante.
O aperfeiçoamento da imagem, por exemplo, provocou inquietações e levou até mesmo a previsões catastróficas em relação ao futuro da leitura e do livro (o surgimento do computador e o advento da internet que o digam). Temia-se que a era de Gutemberg estivesse prestes a ser tragada pelo poder incomensurável das transmissões eletrônicas, do laser, dos satélites." Verificamos com o passar do tempo que esta previsões estavam equivocadas.
"Reclama-se sempre que a criança e o jovem não lêem e não gostam de ler. Afirmações como essas, gratuitas e, no mais das vezes, mal discutidas transformam-se em preconceito cristalizado que vai penetrando em pessoas e grupos, acabando por se transformar em dogma. E uma vez o dogma absorvido, muito mais difícil se torna reverter situações indesejadas." "A criança, o jovem que estuda - e também o adulto - , todos lêem razoavelmente. Mas lêem mais por exigência de uma avaliação, muitas vezes, insufuciente para medir o conhecimento do aluno. Quase nunca a leitura vem ligada à satisfação. O prazer de ler um texto bem escrito, e se deixar levar pelo fantástico mundo das palavras, na maioria das vezes se torna um martírio para a criança e isso só tende a intensificar na fase adulta... A educação no Brasil encontra vários problemas, já desgastados de tanto que são discutidos, no entanto falta despertarmos em nossos estudantes o desejo e o gosto pela leitura, porque é só através da educação que esta nação, cuja a maioria é composta por analfabetos funcionais poderá um dia almejar adentrar a patamares semelhante aos do primeiro mundo, pelo no que diz respeito à educação.

Beijo carinhoso, até a próxima.

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